Start stop, compressor de ar-condicionado, bomba de água… num veiculo atual, a complexidade e o número de componentes dependentes do sistema de correia auxiliar (FEAD) aumentaram. Mais além da correia auxiliar, é necessário prestar atenção a outras peças como a polia livre do alternador OAP ou a protagonista deste novo post, a polia da cambota.
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Não há dúvida de que o componente protagonista deste post, a polia da cambota (TVD), obteve grande importância nos automóveis atuais: nos últimos anos, o sistema de correia auxiliar (FEAD) passou de ser um simples elemento do motor acionado por correia para se tornar num sistema de grande complexidade. O ar-condicionado, a direção assistida ou os sistemas start-stop são acessórios cada vez mais comuns nos veículos de todos os segmentos, algo que se complicou com a crescente redução de capacidade dos motores e número de cilindros.
Nesta nova geração de propulsores, houve um aumento das vibrações e irregularidades, um pormenor que afeta diretamente o sistema de correia auxiliar, comprometendo a sua fiabilidade. Perante esta tendência, os componentes que podem reduzir esses efeitos, como a polia da cambota, também denominada “damper” ou amortecedores de vibrações (e a sua evolução, a polia desacopladora da cambota) tornaram-se nos novos protagonistas. Além de se tratarem de componentes que estão cada vez mais presentes no parque, também pertencem a um sistema que requer cada vez mais atenção por parte da oficina: as estimativas indicam que as operações de manutenção do sistema de correia auxiliar vão aumentar cerca de 50% nos próximos anos.
1. Mas, o que é o FEAD?
Os dois componentes protagonistas deste post fazem parte do sistema de sistema de correia auxiliar (FEAD, siglas em inglês de Front End Auxiliary Drive). Há alguns anos, este sistema apenas acionava o alternador. No entanto, à medida que os veículos evoluíram, “cresceu” para fornecer a potência necessária a um grande número de funções de conforto e segurança como o compressor do ar-condicionado ou a bomba de direção e, mais recentemente, o sistema start-stop. Por conseguinte, trata-se de um sistema que se tornou mais complexo com a chegada de cada nova geração de motores, tal como pode ver na imagem inferior.

2. A polia da cambota (TVD). Objetivo: reduzir as vibrações

Os veículos atuais pertencem à denominada geração do “downsizing”. Isto é, estão equipados com motores de menor cilindrada e inclusive menor número de cilindros. Isto ocorre devido às atuais políticas de redução de consumos e emissões que, além de implicarem motores mais “pequenos”, também implicam um aproveitamento da potência a baixas rotações. Como consequência, a cambota foi exposta a níveis de vibração cada vez maiores. Por isso, é necessário um elemento amortecedor de vibrações que as reduza consideravelmente. A função da polia da cambota é similar à de um volante bimassa, isto é, possui elementos amortecedores internos que podem reduzir as vibrações que resultam do motor para não chegarem ao outro lado. Graças à sua capacidade de isolamento, a polia da cambota foi implantada em massa e, atualmente, pode ser encontrada em 80% dos novos veículos.
3. A polia desacopladora da cambota (PYD) representa a evolução da polia da cambota (TVD)

A polia desacopladora (PYD) é a evolução da polia da cambota. Com uma implantação mais recente, este inovador componente permite o desacoplamento completo do sistema de correia de grupos auxiliares do motor. Como resultado, ajudam a reduzir o ruído de funcionamento e eliminam praticamente a vibração transferida pelo motor. A polia desacopladora da cambota (PYD) está diretamente montada sobre a cambota e tem um amortecedor de torção. O seu disco de pressão está concebido para mais de 1 milhão de arranques.

4. A inspeção visual a cada 60 000 km; a substituição, pelo menos, a cada 120 000 km
Tanto a polia da cambota como a polia desacopladora da cambota estão sujeitos ao envelhecimento e desgaste. Por isso, é importante inspecionar e rever estes componentes em intervalos regulares (o fabricante especificará quais são esses intervalos), tendo em consideração a realização de uma inspeção visual a cada 60 000 Km. E a sua substituição a cada 120 000 Km.
5. Vigiar as fissuras e corrosão através de uma inspeção visual
É necessário efetuar uma inspeção visual para poder retificar determinados danos, como fissuras devido ao envelhecimento (costumam formar-se na faixa de borracha pelo endurecimento da superfície); fissuras grandes (formam-se fissuras de 45 graus na faixa de desacoplamento devido a cargas de ralenti acima da média, por exemplo quando um táxi está à espera de passageiros); corrosão (é visível na zona de transição para o metal e ocorre devido a uma sobrecarga, por exemplo, ao realizar uma reprogramação da unidade de comando do motor) e avaria completa (que é quando o anel exterior se separa e resulta na destruição completa do amortecedor de vibrações da cambota).

6. É necessário seguir quatro conselhos de instalação básicos

Aquando da instalação de uma polia da cambota ou de uma polia desacopladora da cambota, é preciso ter em consideração alguns detalhes. Em primeiro lugar, é fundamental ter em consideração o lado de instalação correto. Além disso, os parafusos de expansão devem ser substituídos (estão sempre incluídos nos FEAD KIT da INA) e apenas deve funcionar com carga, isto é, com a correia auxiliar montada. Por fim, não se esqueça que durante a montagem e desmontagem é fundamental utilizar a ferramenta especial para evitar que o produto ou restantes elemento se danifiquem.
7. INA FEAD KIT é uma solução completa que permite uma manutenção duradoura

A INA é a marca especialista em componentes de motor da Schaeffler. É líder do mercado em sistema de correia auxiliar e oferece ao mercado de peças de substituição a polia da cambota e a polia desacopladora da cambota (esta última exclusivamente) para as principais marcas de veículos. Ambas estão disponíveis como produto individual ou como parte da solução de manutenção completa INA FEAD KIT: correia auxiliar, tensores, polia do alternador, bomba de água… isto é, tudo o que é necessário para qualquer aplicação do mercado. Convém relembrar que o sistema de correia auxiliar é um sistema complexo, com vários componentes sujeitos a desgaste. Por isso, perante qualquer avaria, a melhor escolha para o profissional é o INA FEAD KIT, uma vez que garante uma manutenção completa, fiável e duradoura.