Um dos compromissos dos técnicos do REPXPERT é resolver as dúvidas que os profissionais da reparação encontram no seu dia-a-dia. A secção de consultas técnicas do portal REPXPERT reúne as dúvidas mais interessantes ou que surgem mais vezes na oficina. Neste novo post do REPXPERT, o Blog da Oficina Mecânica, reproduzimos um desses casos reais, dedicado à resolução das causas de um cabo de embraiagem partido. Para conhecer esta e outras dúvidas resolvidas pelos técnicos Schaeffler, não deixe de visitar a secção Consultas Técnicas do REPXPERT.

O caso
O mecânico que apresentou a consulta, tinha substituído a embraiagem numa carrinha sem dificuldades aparentes. No entanto, um mês depois, o cliente voltou para reparar o cabo da embraiagem partido em três vezes consecutivas. Aquando da última rotura, decidiu substituir novamente a embraiagem para resolver a avaria, mas ficou surpreendido quando o veículo voltou à oficina com o cabo de embraiagem partido 10 dias depois. Qual pode ser a causa?
Possíveis causas
A rotura repetitiva do cabo de embraiagem parece resultar da sobrecarga do componente, devido a um excesso de dureza para o desengate ou a um alongamento excessivo do cabo.
Se ocorrer mesmo depois de montar a nova embraiagem, é necessário examinar o estado do sistema de acionamento (forquilha de desengate, casquilhos do eixo da forquilha, pontos de orientação do cabo, etc.). Aquando da substituição da embraiagem, o diafragma permanece numa posição mais funda e afastada da caixa de velocidades. O rolamento deve avançar mais para poder empurrar a embraiagem, e o sistema de acionamento irá trabalhar num ângulo diferente.
Caso não se tenha sentido dureza no pedal, poderia tratar-se de uma rotura por excesso de tensão. Após a substituição da embraiagem, o rolamento de desengate funciona na posição mais afastada possível da caixa de velocidades, isto é, a de máximo alongamento do cabo de embraiagem. Se, neste estado, adicionássemos um alongamento adicional do cabo por outras circunstâncias, este poderia não compensar esse comprimento adicional e seria tensionado em excesso ao pisar completamente o pedal.
É necessário examinar um possível desgaste excessivo da forquilha na zona de contacto com o rolamento, ou uma deformação da mesma pela utilização. O eixo da forquilha ou rótula de articulação, de acordo com o veículo, deverão ser verificados quanto à existência de folgas. Por último, também devem ser verificados os pontos de articulação ou orientação do cabo na carroçaria e a possibilidade de defeitos ou regulação incorreta do sistema do pedal de embraiagem.