Quando falamos de rolamentos de roda é comum ouvir o termo geração associado a este componente. Mas o que significa? Quais são as diferenças entre cada geração? Neste post, vamos rever cada uma delas e as suas diferenças.
Antes de começarmos a falar sobre rolamentos de roda e as suas diferentes gerações, seria interessante explicar brevemente a utilidade desta peça. Os rolamentos são usados para guiar e suportar árvores e eixos. Estes podem receber a carga de forma radial ou axial e a sua principal qualidade deve ser a de oferecer o menor desgaste e fricção possível. Essa nuance é exatamente o que permite entender a relação direta que os rolamentos de roda têm com o consumo de combustível, bem como com as emissões. A sua evolução tem contribuído de forma notável para melhorar, não só em termos de desgaste e fricção, mas também em termos de peso. Em última análise, são capazes de contribuir para melhorar a eficiência dos automóveis modernos.

Porquê 3 gerações de rolamentos?
Falar de gerações na evolução tecnológica de um componente como o rolamento de roda poderia simplesmente levar a pensar que a primeira geração é mais obsoleta do que a terceira. Nesse caso, estaríamos a cair num erro e vamos hoje esclarecer essas dúvidas com este post.
Para atender às exigências do mercado, já que cada modelo de automóvel requer componentes específicos para garantir o máximo desempenho, a FAG, fabricante pioneira deste componente, desenvolveu um total de 13 variantes de rolamentos.
Pode estar a perguntar por que motivo coexistem tantas variantes do mesmo produto no mercado. E o motivo é simples: os rolamentos de roda têm muitas diferenças dependendo do design do veículo, do seu esquema de propulsão, do seu peso ou dos acessórios que possuem. Por conseguinte, de modo a cobrir quase todas as variantes do parque automóvel, um fabricante como a FAG deve oferecer uma gama composta por três gerações de rolamentos, de acordo com o seu desenho e tecnologia.

Diferenças entre as gerações de roda
A Geração 1 foi a primeira unidade de rolamento de roda do mercado. Disponível tanto com esferas (para o eixo dianteiro ou traseiro) como com agulhas (para veículos comerciais, devido à sua alta resistência), tem uma aparência limpa, ou seja, não possui flange. Na maioria dos casos, são montados na manga quando usados no eixo dianteiro, onde o anel externo é fixado à sede do rolamento.
No caso da Geração 2, o elemento distintivo é a presença de uma flange, que pode apresentar o desenho do cubo da roda ou simplesmente uma flange de montagem. Este tipo de rolamento geralmente usa um esquema de esferas de contato angular de duas filas. Quando usados em eixos de transmissão, têm uma engrenagem interna.

Os rolamentos de roda da Geração 3 podem ser distinguidos por terem uma segunda flange. Assim, têm duas flanges nas suas extremidades. Uma serve como cubo de roda e a outra prende a unidade de rolamento ao suporte do eixo, permitindo assim uma montagem muito simples sem ferramentas para remoção ou ajuste.
Na imagem principal deste post podemos ver os principais tipos de rolamentos de roda FAG e as suas variantes. Além do desenho externo do rolamento, que serve para os classificar em gerações, deve-se notar que dentro de cada geração existem versões que contemplam diferentes tecnologias (linha simples, ou linha dupla, rolos cónicos, contacto angular…) e aplicações (sensor magnético ABS integrado). Todas estas variantes servem para configurar cada tipo específico de rolamento, que tem uma aplicação única, definida pelo tipo de veículo ou pelas especificações do fabricante.