Já começou Fórmula E 2020. É, sem dúvida, a competição de automobilismo com maior projeção do panorama atual, na qual a Schaeffler está presente desde o seu início, com o desenvolvimento de tecnologias de mobilidade elétrica para a competição. Se lhe apetece seguir a Fórmula E 2020, não perca este post do REPXPERT, o Blog da Oficina Mecânica. Carreguem as baterias…
1. O que é a Fórmula E?
A Fórmula E é um campeonato de automobilismo para veículos monolugar totalmente elétricos autorizada pela Federação Internacional de Automobilismo ou FIA. É disputada em circuitos que se encontram nas principais cidades do mundo, como Hong Kong, Berlim ou Nova Iorque. Esta categoria começou em 2014 e, a cada ano que passa, é mais popular e recebe mais apoio da indústria automóvel.
Na temporada 2019-2020 há um total de 11 equipas com 22 condutores de todo o mundo em competição. Os carros de Fórmula E carregam as suas baterias com geradores alimentados por glicerina vegetal 100% renovável e com emissões mínimas, o que garante a sua sustentabilidade. Em relação aos pneus, e devido ao seu alto impacto ambiental, apenas é utilizado um conjunto de pneus por corrida, que servem para todas as condições meteorológicas.
2. Qual é o papel da Schaeffler?
A Fórmula E tornou-se numa valiosa pista de testes para a Schaeffler, na qual submete a sua tecnologia às condições de utilização mais exigentes. Presente na Fórmula E como criador de tecnologia desde os seus inícios por volta de 2014, a mostrar a sua aposta precoce na mobilidade elétrica. Na primeira temporada, Lucas Di Grassi, piloto da Schaeffler, venceu a corrida inaugural. Desde a temporada 2015/2016, as equipas começaram a desenvolver todo o conjunto propulsor, o que aumentou ainda mais o papel da Schaeffler. Desta forma, motor elétrico, transmissão, partes do chassis e software. Desde esse momento, os engenheiros da empresa começaram o desenvolvimento integral desta tecnologia em conjunto com a equipa ABT. Esta relação de sucesso culminou em 2016/2017 com a vitória do campeonato por parte de Di Grassi. Desde a temporada 2017/2018, a equipa recebe o novo nome de Audi Sport ABT Schaeffler, com a chegada do fabricante alemão, embora a Schaeffler continue a fornecer a tecnologia.

3. Por que motivo é cada vez mais popular?
Porque a sustentabilidade é a grande tendência que rodeia a indústria automóvel, e esta categoria é a única que antecipa perfeitamente um futuro em que as corridas são tão livres de emissões como devem ser os veículos que circulam pelas estradas. Além disso, revelou ser uma categoria repleta de emoção e muito igualada, com doses significativas de espetáculo, um detalhe que os espetadores valorizam cada vez mais.
4. Como são os carros?

Quando falamos de Fórmula E, temos de diferenciar duas gerações de veículos. Os da Geração 1, que foram utilizados entre 2014 e 2018, e os da Geração 2. A principal diferença a nível operacional é a autonomia. Os carros dos primeiros anos não conseguiam fazer uma corrida completa com uma carga de bateria, sendo que era necessário trocar de veículo a meio da prova. Desde a temporada passada, isto deixou de ser necessário, uma vez que têm autonomia suficiente. Em ambos os casos são monolugares fabricados em fibra de carbono, com tração traseira e motor -elétrico- também colocado na traseira. O carro da equipa Audi Sport ABT Schaeffler para esta temporada denomina-se Audi E-TRON FE06. Pode acelerar de 0 a 100 km/h em 2,8 segundos e atingir uma velocidade máxima de 240 quilómetros por hora. A potência máxima disponível é de 250 kW, cerca de 335 cavalos-vapor. O seu peso, incluindo o piloto, é de 900 kg. Dos quais 385 correspondem às baterias. Esta temporada, em conjunto com a Audi, podemos encontrar diversas equipas oficiais, como a BMW, DS, Mahindra, Mercedes-Benz, Jaguar, Nissan ou Porsche, uma verdadeira demonstração do peso que esta categoria está a adquirir na indústria automóvel.
5. Como são os circuitos?
Uma das características que distingue a Fórmula E de outras competições são os circuitos. A autonomia limitada dos monolugares elétricos, em conjunto com o elevado consumo produzido nas longas retas, proporciona as condições ideais para que as provas sejam disputadas em percursos curtos e sinuosos. Por este motivo, e pelo seu escasso impacto ambiental (emissões, ruído), a Fórmula E é disputada em circuitos urbanos temporais. Esta circunstância concede uma grande visibilidade à categoria, sem esquecer o espetáculo proporcionado pelas pistas estreitas e pelas curvas fechadas comuns neste tipo de circuitos.

6. Quanto tempo duram as corridas?
Numa corrida de Fórmula E, a grelha de partida é determinada depois de uma fase de classificação celebrada depois de duas sessões de treinos livres. Primeiro são definidos os lugares 7 a 22 em rondas por grupos de 6 minutos, para garantir um circuito livre. Os 6 melhores tempos disputam os primeiros lugares numa ronda final de uma volta. A corrida dura um total de 45 minutos mais uma volta. Como novidade da temporada passada, foi introduzido o attack mode (modo de ataque), durante o qual cada piloto pode obter um extra de potência (25 kW) ao circular por uma zona especial do circuito. Esta bonificação apenas dura algumas voltas, e cada piloto deve decidir qual é o melhor momento para a utilizar.
7. Quem é o piloto que tem mais títulos?
Os êxitos da equipa Audi Sport ABT Schaeffler estão muito ligados aos de Lucas di Grassi. O piloto brasileiro é, sem dúvida, um dos melhores da categoria. Terminou entre os três primeiros lugares nos cinco campeonatos celebrados, sendo coroado campeão em 2017/2018. A sua paixão pela tecnologia tornou-se fundamental para tudo isto, e a sua experiência e conselhos são uma parte inseparável de cada vitória obtida pela equipa. Este ano, mais uma vez, é um dos pilotos da equipa Schaeffler, em conjunto com Daniel Abt.

8. Qual é o calendário da temporada 2019/2020?
O calendário desta temporada de Fórmula E inclui 14 corridas, que se irão disputar em 12 cidades de 4 continentes. Estas são as datas:
2019
22/23 de novembro de 2019: Diriyah (Arábia Saudita)
2020
18 de janeiro: Santiago de Chile (Chile)
15 de fevereiro: México DF (México)
29 de fevereiro: Marraquexe (Marrocos)
21 de março: Sanya (China)
4 de abril: Roma (Itália)
18 de abril: Paris (França)
3 de maio: Seul (Coreia do Sul)
6 de junho: Jacarta (Indonésia)
21 de junho: Berlim (Alemanha)
11 de julho: Nova Iorque (EUA)
25/26 de julho: Londres (Grã-Bretanha)

9. Qual é o sistema de pontos?
A Fórmula E tem um sistema de pontuação padrão, em que os 10 primeiros pilotos recebem pontos de acordo com esta escala:
1.º – 25 pontos
2.º – 18 pontos
3.º – 15 pontos
4.º – 12 pontos
5.º – 10 pontos
6.º – 8 pontos
7.º – 6 pontos
8.º – 4 pontos
9.º – 2 pontos
10.º – 1 ponto
Os pilotos mais rápidos da sua ronda de treinos recebem um ponto. Além disso, o piloto que obtém a pole position recebe 3 pontos extra, assim como aquele que marca a volta rápida na corrida, que recebe um ponto extra desde que termine entre os 10 primeiros lugares.
Por outro lado, a Fórmula E é a única competição em que os adeptos têm um impacto na corrida graças ao Fanboost, que proporciona potência extra durante a corrida aos cinco pilotos que recebem mais votos. Os resultados da votação, que é realizada no website oficial ou com uma hashtag no Twitter, são anunciados durante a corrida e o piloto decide se quer utilizar a sua potência para um empurrão curto ou para ganhar um pouco de velocidade de forma permanente.
10. Onde a posso ver?
Em Portugal, é possível ver as corridas na Eurosport 1.